
Como reduzir a rotatividade de funcionários a partir da cultura corporativa?
25 Abril 2025
Os profissionais estão pedindo demissão por motivos mais profundos do que a insatisfação com salário ou plano de benefícios. Sabia como a empresa pode agir.
A alta rotatividade de funcionários, também conhecida como turnover, não é uma moda passageira nem um problema exclusivo das grandes empresas. É um sintoma. E como todo sintoma, esconde uma causa mais profunda, que nem sempre é visível.
Se você trabalha com Recursos Humanos ou lidera equipes, provavelmente já passou por isso: você treina alguém por meses, essa pessoa começa a apresentar bons resultados, parece comprometida... e, de repente, entrega a carta de demissão. Talvez até parecesse feliz no cargo. O que deu errado?
Na América Latina, um em cada três trabalhadores afirma estar disposto a mudar de emprego este ano, segundo o estudo “Trabalho Reimaginado”, da EY (2023). A rotatividade deixou de ser exceção: é parte do novo cenário de trabalho. O problema é que muitas empresas ainda tratam o sintoma com paliativos: mais "early Fridays", mais happy hours, mais lanches no escritório. Mas é preciso aprofundar esta abordagem sobre como unir trabalho e qualidade de vida.
Neste artigo, vamos te ajudar a entender por que as pessoas realmente pedem demissão, o que dizem os estudos mais recentes e como começar a criar uma cultura onde as pessoas queiram ficar (e não apenas por falta de opção).
A rotatividade não é só um problema de RH
Antes de mais nada, é importante fazer uma distinção: nem todo o pedido de demissão é igual. Existe a demissão voluntária, quando o colaborador decide sair, e a involuntária, quando a empresa decide desligar o funcionário. Ambas têm custos, mas a voluntária acaba custando muito mais caro quando envolve talentos valiosos e difíceis de substituir.
O custo médio para substituir um colaborador pode variar entre 50% e 200% do seu salário anual, segundo a Gallup. Mas além do aspecto financeiro, há um custo cultural: equipes desmotivadas e inseguras, perda de conhecimento, quebra da confiança interna.
Então, por que as pessoas saem?
Causas estruturais do turnover: além do salário
- O descompasso começa desde o primeiro dia
Segundo a Harvard Business Review, uma das causas mais comuns de rotatividade precoce é uma contratação malfeita ou um processo de integração (onboarding) deficiente. Contrata-se rápido, sem avaliar bem o encaixe cultural, e espera-se que a pessoa “se adapte sozinha”. - Sem propósito, não há engajamento
A Gallup mede o engajamento global há anos e os resultados são claros: 85% dos funcionários não estão engajados com seu trabalho. Não se trata apenas de motivação individual, mas de como o dia a dia do colaborador se conecta com um propósito maior. Por que ele faz o que faz? Qual é o impacto disso? - Lideranças que não escutam
De acordo com um estudo da SHRM (Society for Human Resource Management), o principal motivo pelo qual as pessoas deixam seus empregos não é a empresa, mas o chefe direto. Microgerenciamento, falta de feedback construtivo, ausência de empatia ou simplesmente indiferença são sinais de alerta. - Estagnação: quando não há horizonte
A Deloitte resume bem: “Os colaboradores ficam quando estão aprendendo.” A estagnação profissional é uma das principais causas de saída, especialmente entre os mais jovens. Se eles não sentem que estão evoluindo, vão embora. - Salário emocional que já não basta
Não se trata de escolher entre bom salário ou bom clima organizacional. Os colaboradores esperam ambos. Mas hoje, o bem-estar é protagonista. Flexibilidade real, tempo para viver, benefícios que se ajustem às suas necessidades e reconhecimentos sinceros valem tanto quanto um aumento.
Empresas que entenderam: boas práticas reais na região
Globant: crescer com propósito
A empresa argentina de tecnologia entendeu que desenvolvimento profissional não pode se limitar a uma lista de cursos soltos. Por isso, implementou um sistema interno de coaching de carreira, onde cada pessoa constrói seu próprio caminho com acompanhamento real. O foco está no crescimento individual e no entendimento do que motiva cada colaborador. Quando há propósito, há permanência.
dLocal: flexibilidade que vai além do discurso
De Montevidéu para o mundo, a dLocal conseguiu algo que muitas empresas prometem, mas poucas cumprem: flexibilidade real. Os colaboradores escolhem como e de onde trabalhar - e as políticas de licença se adaptam às diferentes fases da vida. O mais impactante? Muitas dessas medidas surgiram a partir do que os próprios funcionários expressaram em pesquisas internas. Ouviram, e agiram.
Natura: bem-estar com coerência
Na Natura, bem-estar não é um workshop isolado de vez em quando: é parte da rotina. De pausas ativas a espaços de meditação, passando por políticas claras de desconexão digital, tudo é pensado para que as pessoas trabalhem bem — e vivam melhor. Quando os colaboradores sentem que a empresa cuida da sua saúde mental, o vínculo se fortalece.
Tiendanube: acolhimento desde o primeiro dia
Na Tiendanube, o onboarding vai muito além de ensinar ferramentas ou processos. Cada novo colaborador tem um “nube buddy”, uma espécie de anfitrião que o acompanha nas primeiras semanas. Não se trata apenas de aprender o trabalho, mas de se sentir parte da comunidade. Esse acolhimento inicial transforma o temido “primeiro mês” em uma experiência significativa.
Como reduzir a rotatividade de pessoal? Ações concretas para começar
Não é necessário um mega plano. É preciso sinceridade e compromisso. Aqui vão algumas ações práticas:
- Auditar os processos de saída
Entrevistar quem está saindo. Buscar padrões, analisar o que poderia ter sido diferente e documentar os aprendizados. Esse tipo de feedback pode prevenir futuras saídas desnecessárias. - Medir e agir sobre o eNPS
O Employee Net Promoter Score é uma ferramenta poderosa para medir a recomendação da empresa. Mas não basta medir: é essencial comunicar o que será feito com os resultados. - Investir em liderança humana
Capacite seus líderes para serem referências positivas. Um bom líder retém. Um líder ruim multiplica a rotatividade. - Redesenhar o onboarding
Transforme a integração em uma experiência imersiva, com foco na cultura, acompanhamento, clareza de expectativas e proximidade. - Reforçar a comunicação interna
Muitas vezes, as pessoas saem porque “ninguém perguntou como elas estavam”. Escuta ativa e ações visíveis geram pertencimento. - Oferecer benefícios personalizados
Nem todos valorizam as mesmas coisas. Ofereça benefícios flexíveis, adaptáveis às diferentes fases da vida ou preferências pessoais. O importante é que o colaborador sinta que foi considerado.
COMO PERSONALIZAR O PACOTE DE BENEFÍCIOS
Como a Pluxee pode te ajudar a reduzir a rotatividade?
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- Pluxee Alimentação: aumente o poder de compra com um valor destinado à alimentação saudável e equilibrada.
- Pluxee Cuida: apoio psicológico, consultoria nutricional, assistência jurídica e educação financeira pra o funcionário e sua família.
- Pluxee Gift: para reconhecer o alcance de metas de forma flexível, significativa e personalizada ou celebrar datas especiais como Dia do Trabalhador, Dia das Mães, Funcionário do Mês, entre outras.
Acreditamos que a experiência do colaborador se constrói todos os dias — do pequeno ao estratégico. Quando isso é feito da forma certa, a alta taxa de turnover deixa de ser um problema e se transforma em uma oportunidade de melhoria contínua.
Conclusão: a retenção de talentos começa pela cultura
Reduzir a rotatividade de pessoal não significa reter a qualquer custo. Significa construir um ambiente onde as pessoas queiram ficar, crescer e contribuir. Um espaço onde sejam ouvidas, reconhecidas e tenham oportunidade de evoluir.A rotatividade sempre vai existir. Mas quando acontece por motivos evitáveis, o custo é alto — e não apenas financeiro: é um golpe na coesão, na cultura e na motivação geral.
Você talvez não possa evitar toda saída, mas pode criar uma cultura que ofereça bons motivos para permanecer. Essa é a verdadeira estratégia.
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